Instalando Samba e Swat no CentOS 6

A necessidade de compartilhar arquivos e impressoras motivou o aparecimento das primeiras redes de computadores (ainda na década de 70) e continua sendo uma necessidade comum. Mesmo para fazer um simples backup armazenado remotamente, é necessário configurar algum tipo de compartilhamento de arquivos.

Existem diversas formas de disponibilizar arquivos através da rede, incluindo o NFS, o FTP, o SFTP e até mesmo um servidor web, que pode ser usado para compartilhar a pasta contendo os arquivos e aceitar uploads através de um script em PHP, por exemplo. Entretanto, quando falamos em redes locais, o protocolo mais usado é o CIFS (Common Internet File System), que é o protocolo usado para compartilhar arquivos e impressoras em redes Microsoft.

O nome "CIFS" pode soar estranho à primeira vista, mas ele nada mais é do que a mais nova versão do protocolo SMB, usada a partir do Windows 2000. A história do SMB e do CIFS começa em 1984, quando a IBM criou o protocolo NetBIOS (Network Basic Input Output), um protocolo para troca de mensagens entre micros PC ligados em rede, originalmente desenvolvido para servir como uma extensão do BIOS da placa-mãe, oferecendo recursos de rede. Em 1985, o protocolo foi expandido, dando origem ao protocolo NetBEUI, que foi durante muito tempo o principal protocolo usado em redes locais, antes da popularização do TCP/IP.

O SMB (Server Message Block) veio mais tarde, junto com o Windows 3.11. O protocolo SMB governa o compartilhamento de arquivos e impressoras em redes Microsoft, incluindo a navegação na rede, o estabelecimento de conexões e a transferência de dados. Ele utiliza o NetBIOS para a troca de mensagens entre os hosts e inclui uma versão atualizada do protocolo, que roda sobre o TCP/IP.

Acessando as propriedades do protocolo TCP/IP dentro das configurações de rede de uma máquina com o Windows XP, você pode ver que ele (NetBIOS) continua presente, com o objetivo de manter compatibilidade com as versões anteriores do Windows.

O problema com o NetBIOS é que ele depende do uso intensivo de pacotes de broadcast e de pacotes UDP. O CIFS é a evolução natural do SMB, que inclui diversos novos recursos, abandona o uso do NetBIOS e passa a utilizar uma única porta TCP (445) no lugar das três portas (137 UDP, 138 UDP e 139 TCP) utilizadas pelo SMB.

O Samba é justamente uma implementação das mesmas funções para sistemas Unix, incluindo não apenas o Linux, mas também o BSD, Solaris, OS X e outros primos. Ele começou como uma implementação do protocolo SMB e foi então sucessivamente expandido e atualizado, de forma a incorporar suporte ao CIFS e a se manter atualizado em relação aos recursos oferecidos pelas versões mais recentes do Windows.
O Swat é um utilitário de configuração via web, similar ao encontrado nos modems ADSL. Isso permite que ele seja acessado remotamente e facilita a instalação em servidores sem o ambiente gráfico instalado. Esta mesma abordagem é utilizada por muitos outros utilitários, como o Webmin.

Manter o ambiente gráfico instalado e ativo em um servidor dedicado é considerado um desperdício de recursos, por isso os desenvolvedores de utilitários de configuração evitam depender de bibliotecas gráficas. Desse modo, mesmo distribuições minimalistas podem incluí-los. No caso de redes de pequeno ou médio porte, você pode até mesmo usar uma máquina antiga como servidor de arquivos, fazendo uma instalação minimalista do Debian, Ubuntu ou outra distribuição e instalando o Samba e o Swat em modo texto.

Como facilitador, o Swat acaba sendo uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo em que facilita a configuração, por ser uma ferramenta visual e dispensar a edição manual do arquivo, ele complica, por oferecer um grande número de opções específicas ou obsoletas.
Apresentações feitas vamos ao que interessa, instalar e deixar os dois programas prontos para serem utilizados, vou abordar apenas a instalação padrão ja que o sampa esta presente nas distribuições linux ja há um bom tempo.

As ferramentas de segurança do linux podem causar dificuldades na utilização do samba e/ou acesso ao swat, por isso recomendo desativa-los, clique aqui para desativar o Selinux, e aqui para desativar o firewall iptables.

Feito isso vamos instalar os aplicativos e ativa-los

yum -y install samba samba-client samba-doc samba-swat
chkconfig smb on
chkconfig swat on
service smb restart
service xinetd restart

Agora temos de acessar o Swat e começar a configurar, mas por padrão uma trava impede que ele seja acessado externamente, temos então duas opções usar apenas local com um navegador gráfico/texto (firefox/lynx) ou liberar o acesso externo.

Para liberar o acesso externo faça a alteração abaixo com seu editor de texto favorito no arquivo /etc/xinetd.d/swat:

Original
service swat
{
disable = no
port = 901
socket_type = stream
wait = no
only_from = 127.0.0.1
user = root
server = /usr/sbin/swat
log_on_failure += USERID
}

Alterado
service swat
{
disable = no
port = 901
socket_type = stream
wait = no
# only_from = 127.0.0.1
user = root
server = /usr/sbin/swat
log_on_failure += USERID
}

Reinicie o serviço
service xinetd restart
Pronto agora basta acessar o Swat por um browser, digite "http://ip-do-servidor:901" (observe as configurações de proxy do seu navegador).

Caso prefira fazer apenas o acesso local digite "http://127.0.0.1:901"

Informação útil: dentro de /etc/samba/ existe o arquivo smb.conf que reuni todas as configurações do samba, sempre que houver a necessidade de reinstalar o seu servidor samba salve este arquivo, restaurando-o já terá o seu servidor configurado.

Comando útil:
testparm

Principal fonte de pesquisa: http://www.hardware.com.br/tutoriais/samba-swat/

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